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Mudando de país? Leia este livro

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Entre 2014 e 2018, mudei de casa 3 vezes – 6 ou 7, se contarmos aquelas que foram nossas casas provisórias também. Acabei me tornando especialista em mudanças, mas um único livro transformou esse processo.

Primeira mudança: subindo a serra

Primeiro, mudei de cidade. Subi a serra, como dizemos em Santos/SP e fui morar na capital.

Por não acreditar em meias mudanças, deixei apenas um pijama e uma escova de dentes naquela que passou a ser a minha segunda casa.

Eu já vinha nessa onda do desapego desde 2012, mas naquele novembro de 2014 intensifiquei. Minha métrica era: os livros tinham que caber em uma estante; as fotos, em uma caixa daquelas de 32L; as roupas e acessórios, entre 2 portas e 8 gavetas; as papeladas, no espacinho minúsculo da minha escrivaninha.

Segunda mudança: não tem nada aí pra vender?

No meio de 2016, Gustavo e eu fomos morar juntos. Um apartamento de 2 quartos e 80m2 para um casal sem filhos. Muito mais espaço do que precisávamos, mas mesmo quando a minha família resolveu organizar uma espécie de chá de cozinha, compramos e pedimos apenas o necessário para existir na casa.

Como detesto perder tempo com coisas que não estou usando, segui no destralhe constante – ele brinca que a minha frase favorita é “não tem nada aí pra vender, doar ou jogar fora?”.

Eu não me reconheço como minimalista, mas digamos que eu tento seguir um Balu’s way of life…

Terceira mudança: Partiu Portugal?

Em meados de fevereiro de 2017, resolvemos mudar para Portugal. Viríamos em 2018, mas eu queria fazer a transição com calma, então intensifiquei o desapego do pouco que me restava.

Foi quando esbarrei em uma matéria da Vida Simples: outra mulher desapegada contava sobre a sua experiência com um livro chamado “Jogue Fora 50 Coisas“.

Olhando assim, parece fácil. Mas a proposta tem uma pegadinha: cada categoria conta apenas 1 ponto.
Me pareceu um desafio e tanto. Jurava que ia parar nos 25 – afinal, eu mesma publiquei um livreto sobre desentulhar o armário, passei pela Marie Kondo e vários livros sobre organização que você possa pensar aí.

Abracei o desafio com o espírito “se eu chegar aos 10, já ajudou muito”. Passei dos 100. Se não me engano, bati os 125.

Menos esotérico do que a Magia da Arrumação

E olha que eu adoro um paranauê esotérico… Mas esse foi muito mais eficiente.

Esse processo me fez lidar com a tralha que eu deixava para depois – como a enorme caixa de lembranças e algumas papeladas de histórico profissional, que eu só enfiava em uma caixa e ia movendo de casa em casa.

Foi o estímulo que me faltava para organizar as fotos da infância, escanear todas aquelas que me interessavam e distribuir pela família o que há muito não me pertencia.

Também me fez pensar ainda mais seriamente sobre o que eu queria para a minha vida.

A cada objeto, vi a vida passar como um filme, relembrei motivos para celebrar (quantos deles eu não deixo de lado na autocrítica do dia-a-dia?) e até resgatei amizades queridas que haviam se perdido por conta de maus entendidos.

Melhor do que mudar com as malas leves, foi saber que deixava menos coisas por resolver para trás – o que foi especialmente importante nos momentos caóticos da nossa mudança – mas isso é papo para outro post.

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